
Hoje, dia 13 de julho de 2008, o MDC Brasil completa 6 anos de existência! E para comemorar esta data tão especial, trazemos uma entrevista exclusiva com a fundadora do clube, Cintia Austin, que hoje é nossa Relações Internacionais.
Parabéns a todos nós que compomos a família MDC Brasil! Que sigamos apoiando a Thalía cada vez mais! Fiquem atentos a novas promoções e encontros de fãs!

1- Por que abrir uma sede do MDC no Brasil?
Bem, quando a Thalía esteve no Brasil, ela pôde perceber o quanto ela era querida no nosso país. Devido à questão da língua e de pegarmos a trajetória da Thalía pelo meio (o mesmo que aconteceu com as Filipinas), o nosso país não tinha um entrosamento muito grande com seu vizinho, a Argentina e nem com o México que era a sede, o MDC Brasil meio que era independente. Acho que isso dificultou as coisas. Eu mesma já conhecia a Thalia desde antes da Maria Mercedes, mas não conhecia o MDC Brasil, pois nessa época, o clube era apenas um clube entre amigos, a maioria moradora do Rio de Janeiro. A sede do MDC Brasil foi fechada e a presidente não pensava em reabrí-la.
Algo que pouca gente sabe é que o MDC Brasil atual saiu de uma sede dos EUA. Em 2001 fui a Miami, fiz amizade com a Dani que na época era fã de novela mexicana e devido à minha boa influência (risos), virou fanática da Thalía. Em 2002, conhecemos a Thalía e mais três fãs. Foi então que abrimos uma sede em Miami.
Foi tudo muito fácil, tínhamos uma vice-presidente e três membros, todos participavam, éramos informados e não tínhamos que correr atrás de nada. Singles, cds, fotos, tudo chegava à casa da VP do MDC Miami e nós íamos lá buscar. Inclusive, avisaram com antecedência que ia acontecer o Billboard Latino, eu corri atrás e consegui 10 entradas, fomos muito bem recebidos pela Thalía e por todos. Depois disso eu decidi que voltaria para o Brasil. Nessa época é que decidimos entrar em contato com o MDC México, e descobrirmos que a sede do Brasil tinha sido fechada assim como todas as outras sedes dos EUA. Nós estávamos isolados e eu pensava que chegando ao Brasil poderia formar uma grande sede. Definitivamente não sabia o que me esperava.
Ao voltar para o Brasil, parei no México e conheci Sônia Hernández e os membros do primeiro MDC, fui muito bem recebida e eles deram o maior apoio para a reabertura do MDC Brasil. Cheguei ao Brasil em julho de 2002, entrei na página da Thalía na Univision e no Thalia.com, anunciando a reabertura do clube e apresentei as regras que os membros deveriam cumprir para poder entrar no clube, pensava que todos os fãs da Thalía iriam querer entrar.
2- Quais foram às dificuldades encontradas?
Vocês devem estar se perguntando o porquê de tanto falar do MDC Miami antes de falar do MDC Brasil. A questão é que daí saiu os problemas na fundação do MDC Brasil.
Eu fui fã no Brasil por muito tempo, só que nunca participei de fã clube e só fui conhecer a Thalía nos EUA. Simplesmente não conhecia a realidade dos fãs no Brasil e muito menos a fama do MDC Brasil.
Primeira dificuldade: Os fãs brasileiros não gostavam do MDC Brasil, pois a maioria tinha tentado pertencer a esse clube sem êxito. Eu nunca imaginei que iria encontrar muitas pessoas que conhecessem o MDC e não entendia como alguém não iria querer estar informado, estar em contato direto com as pessoas que trabalham com a Thalía e até receber materiais.
Consegui convencer a Daniele Andrade (coisa nada fácil), e nós duas juntas realmente começamos o MDC Brasil. Eu entendia tudo de MDC e ela tudo de fã brasileiro. Depois da rejeição do povo, com toda boa intenção do mundo, tive a idéia de tentar juntar todos os clubes existentes no Brasil dentro do MDC. Também não deu certo.
Nessa altura da historia, dezembro de 2002, eu já conhecia bem como funcionava as coisas no Brasil. Ninguém queria ser membro de nada, todos queriam ser presidentes (nem vice-presidente servia). Todos queriam materiais, mas ninguém queria seguir regra nenhuma. Com no mínimo cinco fãs-clube diferentes, e centenas de fãs sem clube ligando diariamente para a EMI Brasil, eles tinham pânico de fãs. Muita gente nunca entendeu porque o MDC e o Flor de Juventud são os únicos clubes considerados oficiais. Esses clubes possuem uma história e fazem parte da trajetória da Thalía.
Para que vocêss tenham uma idéia, conheci um “clube de fãs” que se considerava oficial porque a Thalía havia assinado um papel que dizia isso. Tipo eles estenderam o papel pra ela e ela autografou, só isso. Se for assim eu sou oficial, porque a Thalía quando me vê sempre inventa de assinar em mim, no meu braço ou na camisa que eu estiver usando... (risos).
Parei de procurar por membros em janeiro de 2002. Éramos um grupo de mais o menos 25 pessoas, e já era difícil de controlar esses membros. Por varia vezes pensei em desistir, porque eu poderia ser simplesmente membro do MDC Miami e ter muito mais vantagens e menos trabalho do que sendo VP do MDC Brasil.
O MDC Brasil não recebia ajuda de ninguém porque os fãs brasileiros (que não pertenciam ao MDC) quebravam todas as regras e éramos tachados de desordeiros. Isso é tão sério que eu tive que responder perante à Thalia, sobre o ato dos fãs de Miami que rasgaram um cartaz dela e jogaram na cara da Paulina Rubio. Tipo eu era VP do MDC Brasil, membra convidada do MDC NY, mas por ter ajudado a fundar o MDC Brasil e ser uma das mais velhas de lá, eu tive que escutar o maior esporro (acreditem vocêcs não queiram ver a Thalía brava!).
Claro que também tem seu lado bom, a EMI e a equipe a da Thalía não cansaram de elogiar o comportamento do MDC Brasil na Argentina na última vez em que a Thalía esteve lá. Na verdade esse foi o primeiro encontro dela com o atual MDC e graças a Deus deu tudo certo.
3- A emoção do primeiro encontro com a Thalía?
Não sei como explicar isso! Não chorei, nem gritei se é o que vocês querem saber. Fui no dia 22 de Fevereiro de 2002, ao programa da Cristina. Era só eu e a Dani, não conhecíamos ninguém nem tínhamos informação de nada. Em fim, a Dani é toda uma atriz e como aconteceu nos Prêmios, ela chorou até que deixaram ela entrar e ela estando lá dentro ela consegui me meter. Já lá dentro eu não conseguia acreditar que ia conhecer a Thalía!. Às vezes a gente sonha tanto com uma coisa que quando acontece nem parece ser real.
Pasmem: a Thalía entrou e saiu do palco e ninguém a reconheceu. Claro, ela estava de costas para o público e com o Look de “Tu y Yo”, totalmente diferente da Thalía que nós conhecíamos.
O programa foi único. E digo único porque só tinha cinco fãs lá. A Dani e eu estávamos na segunda fila, dava para literalmente tocar na Thalía (o cenário era minúsculo). Atrás da gente estavam a mãe da Thalía e Nathy la negra (atual VP do MDC Miami). Não tinha um monte de gente gritando, porque lá, se você grita fora de hora eles param as gravações e tiram você. A Dani chorava o tempo todo e eu tentando acalmá-la. Do nada a Thalía falou comigo (não me pergunte o que) e eu fiquei parada com cara de boba, estava em estado de choque. A Dani chorava, e falava cada coisa que a Cristina disse que ia criar um programa pra ela apresentar... Não me lembro de muita coisa, só dela. Lembro que do nada eu falei que era do Brasil daí a Thalía começou a enrolar no português, daí eu comecei a responder. Ela perguntou quem queria ir lá dar um abraço nela (ai se ela faz isso no Brasil hehe), pasmen, só eu e a Dani levantamos a mão, a Cristina apontou pra mim ( acho que simplesmente porque eu parecia ser a mais controlada), só que a Dani estava chorando tanto que eu deixei ela passar, a menina quase derrubou a Thalía no chão ( essa cena voltou a se repetir um mês depois). Foi maravilhoso, não sabia oque fazer e lembrei que tinha levado papel e caneta para pedir um autógrafo, peguei esse papel e comecei a escrever (sim, no meio do programa), entreguei pra mãe da Thalía e a Thalía agradeceu no comercial. Ela estava pendente de tudo o que fazíamos.

4- Um momento bom e um ruim durante o tempo em que foi Vice Presidente Geral do MDC Brasil.
Nossa, são muitos momentos hehehe...Ok, dois bons e dois ruins. Primeiro bom: Ter ajudado as meninas a conhecer a Thalía na Argentina. Escutar elas contando sobre como foi emocionante ver a Thalía foi o máximo em ser VP. Afinal, esse foi o motivo pelo qual eu decidi ser VP do MDC Brasil, ajudar os fãs brasileiros a conhecer a Thalía e sentir um pouquinho da alegria que eu sinto.
O segundo momento seria o primeiro grande encontro de fãs que eu fui. Imagine passar um feriado de carnaval numa casa cheia de thalifãs haha, muito massa.
Primeiro momento ruim. Hum, acho que foi um dia que eu estava em Connectcut (um estado dos EUA). Eu estava trabalhando de 10 a 18 horas por dia e mesmo assim fui pra NY porque a Thalía vive lá e todo mundo que trabalha pra ela também. Eu fui lá, outro estado,só para pedir apoio para o MDC Brasil, para entregar cartas que os fãs tinham escrito para Thalía e para pedir material pros fãs. Voltei pra casa e a Lorena me ligou dizendo pra eu entrar num fórum brasileiro e ver como os fãs apreciavam todo meu esforço. Eu fui e ela mesma me disse que eu deveria deixar de ser VP depois de ler aquilo. Havia vários comentários lá, um particularmente me chamou a atenção e dizia assim: “aquela Cintia não sei porque é VP se vive nos EUA passeando no central parque”. Tipo eu nem fui ao parque porque não deu tempo. Esse foi um dos momentos que eu quis desistir.
O outro foi um dia depois de um mês que eu estava tendo um ótimo relacionamento com os managers da Thalía e recebi uma ligação deles. Não entendi nada do que eles falavam, só diziam que iam fechar a minha sede e que eu não poderia mais participar do clube porque alguém tinha traduzido algo que eu tinha escrito em português e não sei mais o que. Ser acusada de uma coisa que você não fez é a pior coisa do mundo. Demorou uma hora pra explicar pra eles que existem duas VP´s de dois clubes diferentes com o mesmo nome e que eu não tinha feito nada daquilo.
5- Falar sobre a nova fase do MDC Brasil e passar uma mensagem para os fãs.
Acho que o MDC cresceu e assim como a Thalía estamos em uma nova fase. O que já foi um clube de adolescentes está se tornando um clube familiar e daqui a pouco vamos estar levando nossos filhos para ver a Thalía e a Saki. Acho que o clube está mais maduro e aprendeu a não perder tempo com bobagens e deixar se levar pela onda da carreira da Thalía. O segredo é descansar quando ela descansa e trabalhar junto com ela quando ela trabalha. Estejam prontos porque quando ela começar a divulgação, quero o clube voltando com tudo.
Um comentário:
Parabens ao MDC!
Adorei a entrevista.
Bom saber que a Cintia ainda lembra do encontro de fans que aconteceu aqui em Curitiba.
Foram dias incriveis!!!
Tati Canuto
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